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domingo, 24 de novembro de 2013

ENTREVISTA | Davide Amado

1) O que o fez candidatar-se à junta de freguesia de Alcântara
Alcântara acolheu-me desde que vim estudar para Lisboa. Foi a minha primeira casa quando vim estudar Politica Social para o Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, na altura em plena Rua da Junqueira. Aqui criei raízes, fiz amigos e desenvolvi o meu percurso político. Foi com naturalidade que recebi o convite do atual Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,  António Costa, para ser o candidato do partido Socialista a Alcântara. Como disse inúmeras vezes na campanha eleitoral não nasci em Alcântara mas fui candidato e sou Presidente por convicção e por ser nesta Freguesia que quero ajudar o País a mudar.

2) Foi fácil ganhar a junta de Alcântara? Envolveu muito trabalho? 
Nada se ganha sem trabalho. No nosso caso esse trabalho foi facilitado por um grupo excecional de pessoas que me acompanhou na preparação destas eleições. É muito reconfortante fazer uma reunião para discutir o programa, para calendarizar ações de campanha ou, muito simplesmente para andar porta a porta a falar com todos os eleitores e ver que temos 20 pessoas ao nosso lado. Pessoas da freguesia, que trabalham todos os dias para ajudar a combaterem os problemas de outros. Uns do PS, outros independentes mas todos com a certeza de ser este o projeto que vai mudar a face de Alcântara.

3) Sentiu que teve apoio/ajuda por parte do PS? 
O PS, quer ao nível da nossa secção quer ao nível do PS Lisboa esteve sempre presente. E a nossa vitória é do Partido também.  Todas as estruturas deram o seu contributo, ajudando na organização e no desenrolar da campanha. Não posso deixar de salientar o papel que a Juventude Socialista teve também em todo este processo. Foram incansáveis e estiveram sempre ao nosso lado! Tenho a certeza que, com estas pessoas, o futuro da Secção ZOL está muito bem assegurado.

4) Qual acha que foram os fatores mais determinantes para ganhar uma freguesia que historicamente fugia ao PS desde 1976? 
Não sei se consigo identificar fatores determinantes. Acho que identificámos bem os problemas da freguesia e optámos por uma estratégia de auscultação a toda a gente. Parece-me que as pessoas sentiam a Junta de Freguesia como uma entidade distante com a qual não tinham qualquer tipo de relação. Faltava diálogo, concertação de posições e de esforços. Sentimos na rua que as pessoas precisavam de se fazer escutar. De dizer o que estava mal e o que devia mudar. Por esse motivo desde muito cedo prometemos apenas duas coisas. Trabalho e escutar toda a gente. Foi ainda muito relevante a ajuda que anteriores candidatos do Partido Socialista à JFA nos deram. A experiência desses ajudou-nos a preparar uma campanha de rua que estou certo ajudou a fazer a diferença.

5) Quais são as áreas onde é mais urgente intervir em Alcântara 
Há muito para fazer em Alcântara. Infelizmente a Freguesia não conseguiu acompanhar a evolução que se tem vindo a dar na cidade de Lisboa. Quase todas as atuais grandes áreas de intervenção da Junta de Freguesia estão deficitárias. Em especial ao nível da Intervenção Social e da gestão do Espaço Público a relação com a CML foi muito deficitária nos últimos anos. Essas serão provavelmente as duas áreas onde é mais urgente intervir. A dinamização da Comissão Social de Freguesia como motor de resposta às muitas carências existentes na Freguesia e o levantamento exaustivo de todos os problemas de mobilidade, limpeza e degradação do espaço público, sejam estes problemas competências da JFA ou da CML são no imediato a nossa maior preocupação.

6) Quais são os projetos que pretende fazer a curto prazo? E a longo? 
A curto prazo terei de referir a preparação da JFA para as novas competências que, a partir do dia 1 de Janeiro de 2014, nos serão delegadas pela CML. A reorganização administrativa da cidade traz para além de novas competências, novas responsabilidades na gestão das autarquias. É todo um novo desafio e uma nova realidade na gestão da cidade. As Juntas de Freguesias de Lisboa vão tornar-se verdadeiros centros de decisão e de aplicação de políticas urbanas não bastando para isso receber verbas do Orçamento de Estado. Temos de nos dotar de infraestruturas, recursos humanos, sistemas de informação e conhecimentos técnicos que nos permitam desenvolver da melhor forma o nosso trabalho.

Como dissemos em campanha o nosso projeto é a pelo menos 8 anos. É esse o tempo que julgamos necessário para mudar a face de Alcântara. Não apenas para quem aqui vive mas para todos os que aqui trabalham e que aqui se deslocam. Alcântara, pela sua riqueza histórica e de Património tem de ser uma freguesia central de Lisboa. Tem de conseguir captar investimentos e emprego, turistas e novas áreas de negócio, saber aproveitar estar entre dois ícones da cidade, Monsanto e o e Rio Tejo. Temos de conseguir fazer com que os Alcantarenses tenham uma substancial melhoria nas suas condições de vida!

Por: Tomás Correia e João Gonçalo

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