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sexta-feira, 17 de maio de 2013

Crónica: O que é ser militante?


Ser militante, quando encarado com seriedade e gosto é um jogo maior do que abanar bandeiras.

Militante vem associado a uma cor, a um cartão de número inscrito e a um caminho político e cívico a percorrer.

A militância é um exercício de altos e baixos em que só os mais astutos e persistentes conseguem atingir o objectivo a que se propõem: não ser apenas mais um, mas ser um com voz, garra e ideologia - de forma a marcar a sua posição e levar a sua cor política a vencer.

Sou apologista de uma militância com rigor e não de uma militância em massa com o simples intuito de preencher as bases.

A política para ser bem executada tem de dar lugar à participação porque sem ela não consegue subsistir. Essa participação tem de ser praticada com cabeça, tronco e membros – mas principalmente com “cabeça” porque é dela que surgem novas ideias, vagas e debate, o que obriga a que a política não seja estática e amoral.


Nos dias que correm a política é encarada com descrédito, porque as ideologias originais de cada partido aparentam estar manchadas por anos de incoerência, de boas e más práticas, líderes e realidades.

Esta situação atribui mais destaque e pertinência à necessidade de existência de válidas militâncias: nas quais se participa, mas sobretudo nas quais se quer participar e de forma proactiva.

“Roma e Pavia não se fizeram num dia” e certamente também não será num único dia que se conseguirá mudar a forma de fazer política, mas se pensarmos com coerência: os militantes de Hoje poderão ser os líderes de amanhã…e nada pior do que ter um líder apático e subserviente, porque simplesmente não se trata de um dirigente. Por esta razão aguardo com uma atitude optimista uma mudança nas jovens bases partidárias.

Mas atenção, nem todo o quadro que pinto de palavras é negro e o que realmente nos continua ainda a mover são alguns bons militantes que se recusam a desistir. Porém, a velha verdade de que “o futuro são os jovens” nunca fez tanto sentido como nestes dias que correm: vivendo em crise o único suspiro de alívio e esperança jaz sobre os jovens e sobre estes um futuro que poderá vir a ser mais promissor.

Por essa velha razão que apresentei é pela qual que aqui me manifesto: enquanto os dados não forem lançados, continuemos então a aguardar por uma política e um futuro repleto de mais válidas militâncias e já agora de futuros válidos políticos.

Joana Graça Feliciano 

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